Divulgação (Foto: Lula Marques/Agência Brasil)
Acusado no caso Marielle, prisão de Chiquinho
Brazão é mantida pela Câmara
Votação registrou 277 a favor, 129 contra e 28 abstenções;
decisão contraria expectativas e segue determinação do STF
A Câmara dos Deputados decidiu manter, nesta quarta-feira (10),
a prisão preventiva do deputado federal Chiquinho Brazão (sem partido-RJ),
acusado de ser um dos mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco
(Psol-RJ) em 2018. As informações são do G1.
Dos 434 votos contabilizados, 277 foram a favor da manutenção da
prisão, 129 foram contra, e 28 se abstiveram. Eram necessários no mínimo 257
votos para seguir a recomendação do parecer da Comissão de Constituição e
Justiça (CCJ) da Casa, que recomendou manter preso o parlamentar.
Chiquinho Brazão foi detido preventivamente em 24 de março. Seu
irmão, Domingos Brazão, conselheiro do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro
(TCE-RJ), também foi preso.
A determinação de Alexandre de Moraes, ministro do STF,
ratificada pela 1ª Turma, confirmou a prisão de Chiquinho Brazão, contrariando
a expectativa de rejeição da medida pelo plenário, que, conforme a
Constituição, deveria ter sido submetida à Câmara.
Além disso, siglas de centro tramaram uma estratégia para
esvaziar o plenário e impedir a votação mínima, em uma tática semelhante ao
ocorrido com o afastamento do deputado Wilson Santiago (PTB-PB) em 2020, quando
101 deputados faltaram à sessão. Santiago conseguiu reverter o afastamento com
233 votos a favor, contra 170. No caso de Chiquinho Brazão, o relator Darci
Matos (PSD-SC) votou pela manutenção da prisão.