Divulgação (Foto: Lula Marques/Agência Brasil)
Bolsonaro visita restaurante em Goiânia entre
gritos de "mito" e "ladrão"
Em Goiânia, no segundo turno das eleições de 2022, Bolsonaro
venceu o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) por uma vantagem de 224 mil
votos
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) dividiu reações ao visitar
um restaurante em Goiânia (GO) na quinta-feira (4). Ao mesmo tempo em que foi
tietado e chamado de "mito" por apoiadores, o ex-presidente também
foi chamado de "ladrão" por opositores no local.
A gravação, que repercutiu nas redes sociais nesta sexta-feira
(5), mostra Bolsonaro cercado de apoiadores que buscavam tirar uma foto com
ele. Outras pessoas presentes no restaurante chamaram o ex-presidente de
"ladrão". Um homem que gravava a chegada dele disse que o ex-chefe do
Executivo deveria ir para a "cadeia".
Bolsonaro esteve em Goiânia nesta quinta-feira (4), para lançar
a pré-candidatura do deputado federal Gustavo Gayer (PL-GO) para a prefeitura
da capital goiana. Gayer é aliado do presidente e integra o "núcleo
duro" da base bolsonarista na Câmara.
Em Goiânia, no segundo turno das eleições de 2022, Bolsonaro
venceu o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) por uma vantagem de 224 mil
votos. O ex-presidente recebeu 513.018 votos (64% dos votos válidos), enquanto
o petista obteve 289.172 votos (36% dos votos válidos).
Em agosto do ano passado, Bolsonaro também esteve em Goiânia
para realizar um procedimento estético. O ex-presidente fez um ajuste de lentes
de contato em 28 dentes que custou R$ 84 mil.
Ao sair da clínica, que fica em um bairro nobre da capital
goiana, o ex-presidente foi recebido com gritos de "mito" por
apoiadores e abraçou crianças. Bolsonaro também discursou em um carro de som,
onde disse que era o "ex mais amado do Brasil".
O ex-presidente é investigado por suspeitas de planejamento de
um golpe de Estado após as eleições de 2022, de ter vendido ilegalmente joias
da Presidência da República no exterior e de ter usado a Agência Brasileira de
Inteligência (Abin) para monitorar opositores políticos e ministros do Supremo
Tribunal Federal (STF).
No último dia 19, a Polícia Federal (PF) indiciou o
ex-presidente pelos crimes de associação criminosa e inserção de dados falsos
em sistema de informação. Segundo as investigações, Bolsonaro ordenou o
tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens da Presidência, a fraudar os
cartões de vacinação dele e da filha Laura.