Divulgação  (Foto: Portal M!)

Cláudio Tinoco critica governador Jerônimo Rodrigues: "Desrespeito à Câmara Municipal"

Vereador da base governista ressaltou que é da Justiça a decisão sobre a suspensão da licitação do VLT, anunciada na segunda

O vereador Cláudio Tinoco (União Brasil) fez duras críticas ao govenador Jerônimo Rodrigues (PT) após ele se dirigir ao também vereador Sidninho (Podemos) como "irresponsável". A crítica de Jerônimo se deu após o vereador conseguir uma liminar impedindo a licitação da empresa que vai comandar a obra do VLT do Subúrbio.

"Primeiro, refuto o desrespeito do governador em relação à instituição Câmara Municipal. Não é a primeira vez. Ele já se referiu em outras entrevistas por desconhecer vereadores, como é o meu caso, quando a gente discutia, já desde 2022, o problema do contrato, naquela época ainda, do monotrilho", disse Cláudio.

O parlamentar também ressaltou que a responsabilidade da decisão é da justiça e reforçou que a Câmara Municipal de Salvador apoia as obras do VLT.

"O que é mais importante é deixar muito claro que todos nós queremos o VLT do subúrbio e, se existiu alguma irresponsabilidade, foi daqueles que tiraram os trens, tiraram os trilhos, não deram alternativa e, depois de três anos, ainda não conseguem oferecer um transporte de massa para a população do subúrbio. Então, todos nós queremos, independente de quem seja a empresa que ganha, que esse é um processo de responsabilidade do governo. E um governo que recorra e defenda, logicamente, a integridade, a regularidade do seu processo", afirmou.

O vereador disse ainda que existe "falta de transparência" por parte do Governo Estadual, e lembrou da ausência de representantes estaduais nas audiências públicas feitas para tratar o assunto.

Tinoco destacou que a CMS já realizou duas audiências públicas, uma em março de 2022, uma em agosto de 2023, sobre o tema. "Nós convidamos todos os secretários e dirigentes das áreas envolvidas do governo e ninguém apareceu. Eu tenho todos os documentos com as justificativas de que eles não tinham agenda para poder participar da audiência pública", disse.

"O governador disse para vocês da imprensa que primeiro seria aberto o envelope do preço das ofertas. Esse envelope não foi aberto na última segunda-feira. Essa é talvez uma das justificativas que levou o vereador Sidninho ou qualquer outro que se sinta, logicamente, impedido de poder obter as informações de recorrer à justiça como última instância", finalizou.