Divulgação (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)
MPF-DF arquiva inquérito sobre Fábio
Wajngarten na Secom de Bolsonaro
Ex-secretário de Comunicação é sócio de empresa especializada em
publicidade para televisão
A Procuradoria da República no Distrito Federal decidiu arquivar
o inquérito aberto em 2020 para investigar se o advogado Fábio Wajngarten,
secretário de Comunicação na gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro, foi
beneficiado indevidamente em contratos de publicidade com o governo federal. O
procurador da República Frederick Lustosa de Mello informou à 10.ª Vara Federal
Criminal do Distrito Federal que não vê elementos para oferecer denúncia nem
para seguir com a investigação.
"Nenhuma das hipóteses criminais ventiladas restou
evidenciada", diz um trecho do parecer. "Considerando que os dados
colhidos não foram suficientes para caracterização dos supostos delitos
investigados, mostra-se inócuo o prosseguimento do feito."
Fábio Wajngarten é sócio da FW Comunicação e Marketing,
especializada em publicidade para a televisão, e tem como clientes emissoras e
agências que receberam verbas do governo federal. Os contratos levantaram
suspeitas sobre um possível conflito de interesses e levaram à abertura do
inquérito para apurar se houve crime de peculato e advocacia administrativa.
"A conduta investigada não se ajusta à moldura dos tipos
penais descritos nos dispositivos acima citados", concluiu o procurador.
COM A PALAVRA, FÁBIO WAJNGARTEN
"O tão falado
discurso de ódio das redes nada mais é do que a reação ao mau jornalismo. Fui
vítima de tentativa de destruição da minha reputação, da minha história pessoal
e profissional. Fui capa de jornal por mais de 45 dias, alternando com capa do
maior portal do Brasil. Inúmeras ameaças, ligações anônimas com vozes
metálicas. A justiça tardou porém reconstrói a minha biografia de vida nesse
momento. Resta saber quem será a próxima vida desse jornalismo ativista, sem
ética e sem nenhuma razão de existir."