Divulgação (Foto: reprodução)
TCU aponta superfaturamento e “indícios de fraudes” em contratos
de órgãos federais durante governo Bolsonaro
Contratos foram feitos com empresa norte-americana Combat
Armor,que manteve escritório no país entre os anos de 2019 e 2023
O Tribunal de Contas da União (TCU) apontou ter descoberto um
possível favorecimento e “indícios de superfaturamento” na compra de veículos
blindados. Segundo a CNN e Revista Veja, os contratos foram firmados por meio
de órgãos federais com a empresa estadunidense Combat Armor.
A descoberta aconteceu após analise de licitações promovidas
pela Polícia Rodoviária Federal, Polícia Federal, Ministério da Defesa, além da
Polícia Militar do Rio de Janeiro durante o governo de Jair Bolsonaro (PL). As
informações apontam que a empresa teria recebido R$ 38,9 milhões enquanto
mantinha escritório no Brasil. A Combat Armor esteve no país entre os anos de
2019 e 2023.
Segundo as informações do TCU, R$ 33,5 milhõesforam pagos pela
PRF,R$ 2,9 milhões pela PF e R$ 273 mil pelo Ministério da Defesa. No relatório
ao qual a CNN teve acesso, o ministro Jhonatan de Jesus afirma que os
documentos apresentados pela Combat Armor eram “evidentemente frágeis”.
Verificou-se que a empresa foi beneficiada por uma possível
leniência de agentes públicos da PRF, que aceitaram atestados de capacidade
técnica inidôneos, cujas fragilidades eram de fácil percepção”, apontou
Jhonatan. O relatório do TCU também indica um "possível
favorecimento" do ex-diretor da PRF, Silvinei Vasques, durante seu mandato,
nas contratações do órgão.
PRF, a PMERJ e a Combat Armor não comentaram o assunto. O
Ministério da Defesa afirmou que encaminhou a demanda ao Exército e a PF
disse não comentar investigações em andamento. A defesa de SIlvinei disse que
ele nunca teve participação direta nas licitações” e que “nunca teve o
dever de vigilância sobre esses procedimentos licitatórios”