Divulgação (Foto: Valter Campanato/Agência Brasil)
Militares responsabilizam Bolsonaro pela tentativa de golpe de
estado em investigação
Alvos da Operação Tempus Veritati tentam minimizar e blindar a
participação de colegas militares no roteiro do golpe de estado
Ao decorrer do avanço das investigações da Polícia Federal sobre
a Operação Tempus Veritati, militares estão tentando blindar e minimizar a
participação de colegas na confecção do roteiro do golpe de estado,
responsabilizando a articulação por Jair Bolsonaro. Segundo alguns oficiais,
haveria tido um “excessivo poder” de influência atribuído a militares de baixa
patente e sem contingente para mobilizar uma ação dessa magnitude.
Segundo o Exército, o Coter fica em Brasília (DF) e não tem
nenhuma tropa subordinada a ele e fica vinculado ao Comando Militar do
Planalto, logo não poderia tomar qualquer atitude sem a anuência do comandante
do exército.
De acordo com a coluna da jornalista Andréia Sadi, do G1, os
oficiais destacaram se tratar de um grupo de planejamento, sem capacidade de
atuação, embora o general integrasse o Alto Comando da Força.
Além disso, há uma avaliação de que o papel atribuído às Forças
Especiais é exagerado, que apesar do nome, é na verdade destinado a militares
em início de carreira e sem papel de comando.
Em relação a figuras consideradas centrais no roteiro golpista,
como o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Augusto Heleno
e o ex-ministro da Defesa Walter Braga Netto, a avaliação é que eles já estão
na reserva e não teriam força para mobilizar as tropas.