Divulgação  (Foto: CMS/Reginaldo Ipê/Carlos Alberto)

Lista de chamada na CMS: confira os vereadores que mais faltaram em sessões de 2023 na Casa Legislativa

Um levantamento realizado pelo Metro1 mostra que, juntos, o top 3 dos mais faltosos na Câmara Municipal acumula um total de 98 faltas em 90 sessões

Se a Câmara Municipal de Salvador (CMS) tivesse uma espécie de lista de chamada, como nas escolas, alguns vereadores iriam se destacar pelas faltas nas sessões da Casa em 2023. Eles são os vereadores Maurício Trindade (PP), Átila do Congo (Patriota) e Alfredo Mangueira (MDB), que estrelam o top 3 de mais faltosos em sessões ordinárias entre os meses de fevereiro e dezembro.

Um levantamento realizado pelo Metro1 mostra que, juntos, o top 3 acumula um total de 98 faltas em 90 sessões. Maurício Trindade faltou a 35 sessões ordinárias (o que significa dizer que não compareceu a 31,5% delas), já Átila não esteve presente em 34 (faltou em 30,6%) e Mangueira não marcou presença em 29 (29,9%). O mapeamento utilizou dados disponíveis no site da Câmara Municipal de Salvador e levou em consideração as sessões de número 1 até a 90º. Não foram contabilizadas faltas de vereadores que estavam em período licenciado.

O levantamento aponta também aqueles que marcaram presença em todas as sessões ordinárias do ano. O destaque neste ranking vai para os partidos da oposição ao prefeito Bruno Reis (União). Entre 43 vereadores, apenas oito gabaritaram a lista de chamada da CMS, eles são: Arnando Lessa (PT); Carolino (Podemos); Tiago Ferreira (PT); Silvio Humberto (PSB); Marta Rodrigues (PT); Hélio Ferreira (PCdoB) e Augusto Vasconcelos (PCdoB).

O presidente da Casa, vereador Carlos Muniz (PSDB) também se destacou. Junto com Daniel Alves (PSDB), Dr. José Antonio (PTB), Duda Sanches (União), Fábio Souza (Solidariedade), Isnard Araújo (PL), Orlando Palhinha (União) e Téo Senna (PSDB), ele só faltou a uma sessão da Casa.

Das 90 sessões ordinárias de 2023, apenas oito tiveram presença de todos os vereadores em exercício. Cinco delas aconteceram em novembro e as outras em março e setembro. Entre elas, no entanto, não estão as polêmicas sessões de votação do subsídio para as empresas de ônibus e nem aquela que aprovou a minirreforma tributária do município. Ambas as votações chamaram atenção por apresentarem aprovação unânime entre os presentes e análise em tempo recorde após envio do texto para a Casa. A minirreforma atraiu presença unânime dos vereadores, mas na 82ª sessão, no dia  27 de novembro, quando a CMS apreciou as mensagens referentes ao pacote de medidas da minirreforma. No dia da votação, houve ausência de dois vereadores, assim como no dia que foi aprovado o subsídio ao transporte público.

Ao Metro1, a assessoria de comunicação de Átila do Congo afirmou que o vereador irá contestar, junto à CMS, os dados disponíveis na frequência de vereadores, visto que, para ele, "as atividades na Casa Legislativa costumam ser prioridade no mandato". A assessoria ainda ressaltou que "o gabinete do edil é ‘itinerante’, ou seja, mantém forte presença em ações externas para beneficiar os soteropolitanos, especialmente, em comunidades da região do subúrbio da capital baiana – portanto, não se atém a colaborar apenas nas sessões ordinárias".