Divulgação (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)
Governo cria grupo para discutir retomada de isenção a
religiosos
Regra foi suspensa pela Receita nesta semana
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou nesta
sexta-feira (19) a criação de um grupo de trabalho com integrantes da Frente
Parlamentar Evangélica do Congresso para discutir a isenção tributária a
líderes religiosos. A isenção foi suspensa pela Receita Federal na última
quarta-feira (17).
O grupo de trabalho inclui o TCU (Tribunal de Contas da União) e
a AGU (Advocacia Geral da União). De acordo com Haddad, a suspensão foi
decretada para que o Fisco tivesse mais segurança quanto ao texto, o objetivo é
chegar a uma interpretação que não gere "problemas nem para os servidores
públicos da Receita, que obviamente querem cumprir a lei, nem para prejudicar
nem para beneficiar quem quer que seja", declarou.
Com a mudança, as verbas recebidas pelos pastores e líderes
religiosos pelo tempo dedicado às igrejas passam a ser consideradas como
remuneração e, portanto, tributadas.
A Receita Federal determinou o fim da isenção fiscal aos líderes religiosos,
adotada pelo governo Jair Bolsonaro (PL). A justificativa foi de que houve uma
“determinação” do TCU (Tribunal de Contas da União). Em nota, o órgão negou que
houvesse qualquer tipo de medida.
O processo foi instaurado a partir de uma representação do MPTCU
(Ministério Público junto ao TCU) que solicita a apuração de possível desvio de
finalidade do benefício.