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Retrospectiva 2023: varejo digital registra
crescimento médio de 19%
Este ano, cenário foi transformado pela digitalização e
adaptação às demandas do consumidor
O cenário varejista em 2023 foi marcado mudanças significativas,
revelando uma adaptação contínua às demandas do consumidor e às inovações
tecnológicas. A digitalização desse setor desempenhou um papel crucial,
aprimorando a eficiência e a fluidez na experiência de compra.
Destaque notável foi o setor de fast-food, onde o
autoatendimento não apenas reduziu filas, mas também agilizou as transações,
estabelecendo-se como um diferencial de negócios.
Segundo Guga Schifino, diretor de Novos Negócios da Linx - empresa
especializada em tecnologia para o varejo dentro do grupo StoneCo -, a
utilização da ferramentas tecnológicas foi e continuará sendo essencial para a
evolução do varejo.
"Os números da Linx e da Stone mostram que as empresas que
utilizam tecnologia têm um desempenho melhor. Neste ano, as boas práticas
evoluíram dois cenários, começando pelas as marcas que conseguiram conversar
com os seus clientes e aquelas que conseguiram usar ferramentas tecnológicas
para retirar a fricção e antecipar ou se preparar para atender à demanda no
momento que ela surge", destaca Guga.
Já Tiago Mello, CMO e CPO da Linx, apresentou dados que revelam
a importância do relacionamento com clientes por meio de programas de
fidelidade, com taxas que superaram as expectativas em comparação a períodos
anteriores.
"A digitalização do negócio, permitindo uma atuação unified commerce, e o cashback ajudaram a
destravar receita. Tem varejista chegando a crescer 60% a mais por conta das
ferramentas de cashback, ou seja, 60% dos clientes voltam para comprar outro
produto, a média no mercado é de 21%".
Para o CMO e CPO da Linx, enquanto o varejo físico enfrentou
desafios no primeiro semestre, o varejo digital terá um crescimento médio de
18% a 19% em 2023.
A Black Friday, gerenciada pelas soluções da Linx, registrou um
aumento de 38% de transações, sinalizando uma recuperação na reta final do ano.
A transição do varejo para um ambiente unificado, onde não existem mais
distinções entre canais físicos e online, é o caminho mais viável para os próximos
anos.
Influência das redes sociais
Em 2023, houve também a forte influência das novas gerações em
diferentes aspectos, como em estratégias de marketing e posicionamento das
marcas. As redes sociais desempenharam um papel fundamental para viralizar campanhas,
incluindo parcerias de sucesso.
Para Guga Schifino, em 2024, a tendência é que as parcerias
entre as marcas continuem, inclusive de grifes de luxo, tendo como base ações
em redes sociais apoiadas por influenciadores digitais.
"Hoje, 98% da Geração Z - população com menos de 27 anos -
já admitem que são influenciáveis e que, se uma pessoa que admira indicasse o
produto, eles comprariam. Há estudos que comprovam que somos influenciados a
todo momento por outros consumidores. Por outro lado, no Brasil, temos 210
milhões de habitantes e 20 milhões de pessoas que se autodefinem como criadores
de conteúdo. E o que muitas marcas não sabem é que a chance de um
microinfluenciador gerar venda ou causar algum impacto positivo é três vezes
maior do que um influenciador mais conhecido", complementa Tiago Mello.
Já relação aos avanços tecnológicos, Guga Schifino
acredita que o metaverso ainda não se popularizou como previsto, mas isso
deverá acontecer em breve.
"Tanto
o metaverso quanto a web 3.0 são temas de difícil gestão não só para o
varejista, mas para as pessoas em geral, porém são inexoráveis. Sobre
Inteligência Artificial, outro assunto constantemente em pauta, precisamos
entender que o segredo da ferramenta não são as respostas. O segredo do sucesso
da Inteligência Artificial está nas perguntas. Quem souber fazer as perguntas
corretas terá os melhores resultados", finaliza.